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Livre do HIV

Sally
Quênia

Em 1999, descobri que era portadora do vírus HIV. Apesar de conhecer o Senhor, fiquei muito abalada.

Conheci os voluntários da Família Internacional enquanto trabalhava como secretária em uma seguradora e me tornei uma leitora ávida da revista Contato. Depois de ficar muito doente devido a minha condição, perdi meu emprego, amigos e tudo pelo qual tinha vivido. Entrei em depressão o que me levou a uma tentativa de suicídio. Pulei de uma balsa em movimento bem no meio do Oceano Índico. Como eu não sabia nadar, tinha certeza que isso daria certo.

Enquanto estava lá no mar, tentando morrer afogada, o Senhor interveio e falou comigo de uma maneira bem real e pessoal. Ele me mostrou que eu tinha um futuro pelo qual lutar, que muitos precisavam da minha ajuda, e que Ele iria me curar. Alguns versículos que recebi foram: “Eu sou o Senhor, o Deus de toda a humanidade. Acaso haveria coisa demasiadamente difícil para Mim?” e “Pois Eu sei os planos que tenho para vós, diz o Senhor, planos de paz, e não de mal,” e “Eu sou o Senhor que te sara.” (Jeremias 32:27; 29:11; Êxodos 15:26b.)

O Senhor interveio e fui resgatada. Graças à Palavra e às orações dos membros da Família, bem como à sua amizade e ao encorajamento que me deram, consegui sair da depressão e comecei a lutar pela cura. Logo sarei de tuberculose e outras infecções derivadas da AIDS, e comecei um tratamento com retrovírus (ARV), que colaborou para eu ter mais vigor e iniciou o processo de cura.

Deus, sempre fiel à Sua Palavra me curou e hoje não tenho sequer resquício do vírus HIV. Fiz uma bateria de exames o ano passado, inclusive repetidos exames para determinar a carga viral e os resultados de todos foram negativos. Depois de muita oração e de me aconselhar com o médico que supervisionava o meu tratamento, parei de tomar os remédios, já que os efeitos colaterais eram ruins. Nunca me senti tão saudável.

Essa experiência serviu tem sido incrivelmente fortalecedora da minha fé e é um testemunho para muitos, apesar de muita gente não acreditar que eu era soropositiva. Não existe explicação médica para a minha cura, já que o tratamento antiretroviral apenas retarda as manifestações da doença, não a cura. Não há como não admitir que foi um milagre operado pelo poder de cura de Deus. “Com Deus nada é impossível” (Lucas 1:37).

Sou testemunha de que Deus é o único que dá sentido à vida, e é o melhor médico que existe! [Obs. do editor: Confira um artigo escrito por Sally, “Um Salva-Vidas na Hora do Desespero” na revista Contato Volume 7, Edição 2, Junho de 2006.]

Há vários anos que faço trabalhos comunitários e trabalho como conselheira para aidéticos em uma ONG internacional em Nairóbi, o que me proporciona a oportunidade perfeita para ministrar aos pacientes aidéticos, orar por eles e animá-los, como o Senhor prometeu que me usaria. A revista Contato e outras publicações da Família compõem uma excelente ferramenta de ensino que pode ser usada para ajudar essas pessoas a enfrentar suas dificuldades e as batalhas pela sobrevivência. Quando descobrem a fé pela leitura da Palavra, ficam determinadas e ganham forças para continuarem lutando contra a AIDS.

Todo dia, quando acordo, peço a Deus para me usar, guiar e orientar no meu trabalho com aidéticos no hospital distrital Mbagathi, em Nairóbi. Oro com mais de 30 pacientes por dia. Alguns estão em situação bem grave. Ofereço-lhes a oportunidade de convidarem Cristo para viver em seus corações e diariamente vejo o Senhor agir na vida de muita gente! Falo muito sobre a vida após a morte com os doentes, o que lhes dá um vislumbre do Céu e do glorioso futuro que os espera. Essa perspectiva ajuda a aliviar o sofrimento e a angústia que sentem.

Passo duas horas no hospital e depois vou para a favela de Kibera (a maior no leste da África), que fica relativamente perto do hospital. Ali encontro aidéticos, a maioria já está de cama. Oro com eles e leio para eles palavras animadoras das revistas Contato e dos livrinhos da série Faça Contato.

Aprendi que atitudes espirituais positivas contribuem para uma saúde melhor. Louvar a Deus pela Sua bondade, mesmo quando as coisas dão errado, é o máximo em pensamento positivo. Tenho fé que Deus vai resolver tudo e continuar cuidando de mim. “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos” (Provérbios 17:22).

"Um dos maiores desafios econômicos no Quênia hoje é a incidência de portadoras de HIV e de aidéticos. A doença teve e continua tendo um impacto devastador em todos os setores da sociedade. Apesar de os últimos anos apresentarem uma queda importante no número de novas infecções, o número de portadores do vírus chega a 1,4 milhões, 10% dos quais são crianças. Aproximadamente um milhão e meio de crianças perderam os pais para a AIDS e pelo menos, o mesmo número de pessoas morreram da doença nos últimos 20 anos. Em 1999 o governo do Quênia declarou a AIDS uma calamidade pública”. - Palavras do diretor do Departamento Nacional de Saúde do Quênia, Informativo sobre tratamento de HIV/AIDS, 2005.